Interclasse CVV | 2015


Chavões e senso comum nas redações: fuja do clichê!


“Nos dias de hoje, o problema da saúde é uma das questões mais importantes para o povo brasileiro. A população precisa se conscientizar de seu papel na busca por um futuro melhor para as próximas gerações. Apesar do estado precário dos hospitais do país, os governantes corruptos não se mobilizam e só o que se vê é descaso. Mas deve-se pensar positivo, porque a esperança é a última que morre.”
Esse parágrafo parece um pouco familiar? Será que você já leu algo parecido antes? Sim, com certeza! E, provavelmente, já escreveu algum texto com um conteúdo semelhante. Vou me explicar melhor: esse pequeno trecho está recheado com o que chamamos de clichês, senso comum, chavões ou frases prontas. São frases ou ideias tomadas como “verdades universais”, muito repetidas ao longo dos anos, que acabam se tornando vícios de linguagem. Às vezes, usamos sem perceber, mas os clichês enfraquecem o texto. Um verdadeiro vírus da redação!
Você consegue identificar todos os chavões presentes no parágrafo? Veja a resposta ao fim do post! :D
menina-prova-fuv2015

Imagem: Thinkstock

O clichê pode se manifestar de várias maneiras. Veja:
1. Frases prontas: são as frases e construções repetidas à exaustão. Exemplos: fechar com chave de ouro, obra faraônica, voltar à estaca zero, era uma vez. Também são incluídos os ditos populares, como “a pressa é inimiga da perfeição”.
2. Expressões: Não necessariamente são escritas sempre do mesmo modo, mas a ideia é sempre a mesma. Exemplos: a população precisa ser conscientizada, a natureza deve ser preservada, o homem deve parar de fazer guerras.
3. Senso comum: são as ideias prontas, já muito batidas, mas transmitidas como verdade incontestável. Entram aqui os estereótipos. Exemplo: todos os políticos são corruptos, asiáticos são inteligentes. É preciso ficar atento, porque às vezes o senso comum e a generalização podem reproduzir preconceitos: muçulmanos são terroristas, portugueses são burros, mulheres dirigem mal.
Mas por que usar esse tipo de frase é prejudicial para o seu texto? Porque a banca corretora preza pela originalidade e pelo senso criativo do candidato. O uso dos chavões deixa o texto vazio, com pouco sentido, e demonstra falta de habilidade do aluno em formular seu próprio argumento.
Quando digo que o clichê demonstra falta de originalidade, não quero dizer que o candidato deva apresentar uma ideia mirabolante. A originalidade em questão é ser capaz de pensar além do senso comum, ser capaz de problematizar o tema da redação e apresentar um novo ponto de vista sobre aquele assunto.
Vou dar um exemplo utilizando o tema da redação do Enem de 2001, que pedia que o aluno escrevesse um texto sobre o conflito entre o desenvolvimento e a preservação ambiental, e como conciliar os dois interesses. Neste texto, o aluno que escreva “é preciso conscientizar a população”, ou “o governo deve encontrar outras formas de desenvolvimento que não envolva o desmatamento” não está acrescentando nada de novo no debate. É claro que a população deve ser conscientizada e o desmatamento deve ser evitado ao máximo, mas esses pensamentos já se tornaram óbvios.
O que um bom texto faz é trazer o debate para outro ângulo, uma nova perspectiva. Mas como fazer isso? É preciso manter-se bem informado e ter bastante repertório cultural. Conhecer diferentes opiniões, especialmente sobre os assuntos mais comentados nos noticiários. Além disso, boa interpretação de texto é essencial, porque a própria coletânea da proposta de redação costuma ser bastante abrangente.
Vamos ver agora se você acertou todos os clichês do parágrafo do início do post!
-Nos dias de hoje;
-A população precisa se conscientizar;
-Futuro melhor para as próximas gerações;
-Governantes corruptos;
-Pensar positivo;
-A esperança é a última que morre.
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br

6 seriados (e um extra) para quem gosta de história


Vamos falar de um assunto que quase todo mundo gosta: seriados! Você, provavelmente, também deve ser fã de pelo menos um. Agora gostariamos de sugerir maneiras divertidas de estudar, bolamos essa lista com algumas séries que você pode acompanhar sem se sentir culpado, porque ajudam muito a entender alguns conteúdos de história.
São seis seriados (e um extra!) que retratam épocas bastante diferentes da história mundial. Veja!
1. Downton Abbey
downtonabbey
Downton Abbey vai entrar em sua sexta temporada em 2016. A história começa no exato dia do naufrágio do Titanic, em 12 de abril de 1912, e acompanha as consequências do evento na vida de uma família nobre da Inglaterra. À medida que os anos vão passando, o espectador pode acompanhar a chegada da Primeira Guerra Mundial, o movimento por voto feminino, os conflitos políticos da época e a decadência do sistema social que ainda mantinha tradições do século 19. Vale muito a pena (eu garanto)!
2. Roma
Rome HBO DVD Polly Walker Kerry Condon Kevin McKidd Ray Stevenson James Purefoy
Gosta de história antiga? A série Roma retrata o período de transição entre a República e o Império Romano. A produção foi muito bem feita e com muita precisão histórica, por isso é uma ótima pedida se você quiser entender melhor os costumes e a cultura daquele povo. Os conflitos e lutas pelo poder também são muito bem retratados, passando pelas figuras de Júlio César e Marco Antônio. Por isso, se você está a fim de aprender bastante sobre Roma, arrume já um jeito de assistir ao seriado.
3. The Tudors
THE TUDORS
Você já deve ter ouvido falar de Henrique VIII, rei da Inglaterra no século 16 e pai da rainha Elizabeth I. Ele foi o responsável por romper com a Igreja Católica e fundar sua própria igreja, além de se separar de sua primeira esposa para casar com Ana Bolena, algo impensável para a época. A série The Tudors retrata justamente a vida de Henrique VIII e todas as reviravoltas históricas que aconteceram na época em que governou. É uma boa para estudar a Reforma Religiosa na Europa, com o surgimento da Igreja Anglicana.
4. Boardwalk Empire
boardwalkempire
Boardwalk Empire apresenta o período da Lei Seca nos EUA, na década de 1920, retratando o surgimento dos impérios de contrabando de bebidas alcoólicas na época. Apesar do assunto tão específico não ser muito a cara do vestibular, o seriado é interessante pelo período histórico em que se passa: a Primeira Guerra recém-terminada, a discriminação racial e de gênero ainda muito latente e, também, o fortalecimento da máfia italiana nos EUA. Vale a pena!
5. The Borgias
theborgias
The Borgias baseia-se na história da família Bórgia, dinastia muito poderosa, da época do Renascimento, que estabeleceu-se na Itália. Seus membros tornaram-se famosos na cultura popular por sua fama de crueis, cometendo diversos crimes para se manter no poder e obter mais influência. A série é ótima para dar uma olhada na Itália renascentista e nos jogos de poder do período.
6. Vikings
Vikings_S02P12,_cast
Ah, a Idade Média… :P Vikings é uma produção sobre os exploradores nórdicos, de seus pontos de vista. Retrata as invasões bárbaras no período da Alta Idade Média na Europa. É uma verdadeira aula sobre o estilo de vida e da mitologia dos nórdicos, bastante diferente da cultura cristã.

E o extra… Game of Thrones!
gameofthrones
Sim, eu sei, Game of Thrones retrata uma história de fantasia. Mas, mesmo assim, o seriado pode ajudar a entender mais ou menos como funcionavam as coisas na Idade Média europeia. Apesar de a religiosidade de Westeros ser diferente da Europa, apresentando vários deuses ao invés de um só, em Game of Thrones você pode ver mais ou menos como funcionava o sistema feudal, a formação de alianças entre reinos e a relação de vassalagem. (Aproveite e corra para assistir, que em abril tem temporada nova! :P )
E aí, gostou? Conhece mais algum seriado histórico bacana que não foi listado aqui? Deixe nos comentários!

OBS: Atenção a classificação etária de cada série! 

fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br

Bastante? Bastantes?



Pode até parecer estranho, mas a palavra bastante pode ser usada no plural.  Embora a maioria das pessoas  use,  indiscriminadamente, a  forma singular, deve-se  lembrar de que o termo pode ser pronome indefinido ou advérbio e é isto que definirá o uso no plural ou não.

Como  pronome  indefinido,  bastante pode ser substituído por  muito, muitos, suficiente, suficientes.

Eu fiz  bastantes exercícios de matemática =  Eu fiz muitos exercícios de matemática.

Na loja, há funcionários  bastantes para um bom atendimento.  =  Na loja,  há funcionários suficientes para um bom atendimento.

Quando usado como advérbio de intensidade, bastante  permanece  no singular e  pode ser substituído apenas por  muito.

Andamos  bastante no último sábado.  =  Andamos  muito no último  sábado.

Fonte: conversadeportugues.com.br